sábado, 19 de novembro de 2011

Venha para "cá" você também. Venha!

A foto é de uma bela caverna em Presidente Figueiredo, na Amazônia. É conhecida como Caverna Refúgio Maroaga. Maroaga foi um grande cacique da tribo dos Waimiri-Atroari. Dizem que esta caverna, com mais de 400 metros de túneis e galerias, foi utilizada como esconderijo pelos indígenas liderados por Maroaga quando em perigo.

Ao ver as imagens desta linda obra do Senhor na natureza associei-a, imediatamente a um momento descrito na Palavra de Deus, quando, de uma maneira diferente da que relatei brevemente acima, também nos apresenta uma caverna.

Me refiro a um versículo descrito no livro do profeta Naum afirmando, 650 anos a.C., que [O SENHOR É BOM, UM REFÚGIO EM DIAS DE ANGÚSTIA... - Naum 1.7].

Vejamos o cenário de Naum. Naquela época o povo Judeu encontrava-se sob domínio dos Assírios quando Jonas é chamado (por volta de 750 a.C.), para pregar à cidade de Nínive, capital do império Assírio, para que se arrependessem de modo a não serem destruidos. Depois de muito relutar, Jonas, vai e prega à cidade que se converte de seus maus caminhos. Entretanto, passados 100 anos, aproximadamente, o povo de Nínive demonstra que o arrependimento não era verdadeiro. Observando isso, Deus envia um "recado" a Nínive por meio de Naum avisando: A arrogante, violenta e cruel Nínive sucumbirá!

Judá, o povo de Deus sob o jugo deste império nesta época, sofria os desmandos e atrocidades diárias do dominador assírio e clamava a Deus em meio à incerteza da morte ou vida, fome ou abundância, falta ou sobejamento. O povo angustiado temia pelo pior sem pela esperança do amanhã!

Diante desse quadro "pintado" à nossa frente, observamos que a Palavra de Deus usa este caso para orientar e ensinar quem Ele é e como trabalha "enquanto" cada um de nós vive o seu dia a dia.

Observemos que O Senhor Deus deu chance ao império Assírio, o que configura a paciência de Deus para que houvesse submissão e deposição de "armas" dos assírios frente ao Deus verdadeiro. Deus mostra-se paciente e gracioso, mas justo e firme em seus propósitos.

Alguns perguntariam: Mas que propósitos??? O que povo Judeu naquele lugar tinha com isso, com a impiedade deste império? Porque o sofrimento do inocente? Deus se utilizando do sofrimento de homens inocentes para ensinar o que é certo e errado?

Longe de apresentar respostas prontas, mas através do próprio texto vemos que a circunstância diária que se encontravam visava demonstrar ao povo que o caráter desse Deus mantinha-se intacto às promessas feitas aos seus antepassados! Creio ser um dos momentos em que Deus se deixa "ver" pelos Homens. Naquele instante, Deus deixava claro, mais uma vez, que mesmo em meio a estas terríveis circunstâncias, havia refúgio suficiente ao aflito e ferido. Havia sustento e provisão ao desanimado. Água e descanso ao ferido!

Em nossos dias, creio que passamos por muitos momentos difíceis sem que tenhamos algo a ver com determinadas circunstâncias - ainda que eu admita que possa, eventualmete, haver um real motivo estipulado e pré-definido por Ele para que vivamos! - cito o Senhor Jesus reforçando esta idéia quando diz a Pedro: "você não entende agora o que faço, mas depois compreenderás" (João 13.7).

Não creio num Deus carrasco, pois já demonstrou no decorrer da história Seu caráter amoroso, bondoso e sustentador...

O que o texto em referência propõe é uma caverna "em Deus", na qual possamos nos esconder e, guardados, sermos guiados e supridos diariamente em meio aos atropelos, tribulações e angústias da vida.

Como dizem: cada um sabe bem aonde o "sapato aperta". É bom saber deste refúgio, desse esconderijo. É sempre bom saber para onde correr, quando a vida nos ameaçar.

Concluo o texto com a continuação do versículo: [...ELE PROTEGE OS QUE NELE CONFIAM]. Aonde está a sua confiança? Para onde você corre quando as coisas apertam? Em que colo você pula!?

Nesta semana corra para Deus, nossa caverna em meio às ameaças. Deus te abençoe.


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