terça-feira, 7 de outubro de 2008

Não há como fugir da eterna infelicidade executiva... Será???

Comecei a ler e grafar algumas palavras do texto, mas desisti... Desisti quando Freud sugere 3 saídas para a dor... Desistência, Substituição ou Fuga... Nada de tratamento ou enfrentamento das adversidades...

Em nenhuma delas vejo orientação satisfatória!

Se fosse correto desistir dos sonhos, José não teria tido êxito. (É bem verdade que nossos sonhos devem estar alinhados aos planos de dEle!)

Quando fala em substituir Freud torna implícito o sublimar... forçar nosso ser ignorar que algo existe. Não, Deus não nos orienta a essa atitude, mas orienta-nos a colocar tudo diante dEle, com ações de graças e súplicas (Fp 4), orienta-nos a encarar de frente nossos medos e desafios lembrando sempre que “eu e Deus formamos um grande exército”. Seu caráter e amor são suficientes para que eu continue caminhando confiante de que Ele tem o melhor aos Seus... para atingir os objetivos que Ele traçou antes de existirmos.

Fuga... o que eu poderia mencionar é que, da mesma forma que o Senhor nos manda “resistir ao diabo”, ele manda-nos marchar, caminhar adiante, não nos colocarmos frustrados, mas esperarmos em Deus...

Agora... o que eu penso da infelicidade executiva?
De fato ela existe em altos graus, pois enquanto não descobrirmos de quem somos feitura e para que somos feitos, andaremos atrás de coisas e situações vãs que não nos levarão a nada e a lugar nenhum...
Vem bem à calhar o que Ed René definiu como propósito, em seu livro “Vivendo com Propósitos”: Propósito é a causa pela qual algo ou alguém foi feito/criado, tendo um objetivo específico...
Propósito e felicidade são engrenagens de um mesmo motor.

Se não há entendimento do “por que”, nunca se saberá o “pra quê”!!!
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Segue o texto observado na íntegra...

"Pesquisas recentes continuam a mostrar que os níveis executivos e gerenciais demonstram uma profunda infelicidade com seu trabalho e com sua vida. Nada muito diferente do que outras mais antigas já revelavam. No Brasil e no mundo os resultados são equivalentes. As pessoas, mesmo aquelas que gostam do que fazem, não encontram felicidade e "joie de vivre" no trabalho. A situação se agrava quando descobrimos também, por pesquisas recentes, que o maior medo dos profissionais é a perda do emprego. Portanto, é como qualquer casamento: ruim com, pior sem. Por que tudo isso? Qual a origem deste sofrimento? A busca de respostas para estas mesmas perguntas foi iniciada em 530 a.C. por Sidarta Gautama - o Buda. A resposta lhe veio no despertar, sob a forma das quatro verdades: a natureza do sofrimento, sua origem, seu término e os caminhos que levam a este fim. O sofrimento se origina do desejo e o seu término só pode ser conseguido pela cessação dos desejos. Atingir a felicidade é, portanto, conseguir nada desejar, não querer ser, ter ou fazer nada. (impossível... utópico...)
Nada mais difícil, sobretudo, porque podemos definir, simplificadamente, que as pessoas que atingem níveis executivos e gerenciais são exatamente aquelas que buscam a liderança, os "machos alfa ou fêmeas dominantes" (sic...), como expostos por Eddie Erlandson, na Harvard Business Review. São os que se destacam, os que dominam, os que querem e impõem (uau...). São homens e mulheres com três características em comum. A primeira é que eles são muito determinados em atingir resultados e obter sucesso. A segunda é que são muito impacientes. A terceira é que tendem a ser muito agressivos.
Esse esforço faz deles muito competitivos. Têm muita expectativa com relação a si mesmos e com as pessoas com quem trabalham. Ou seja, são pessoas que desejam muito, e que quando impedidos ou atrapalhados na busca da realização de seus desejos, assumem posições e decisões emotivas e irracionais. A vontade deles é passar por cima, mas o mundo corporativo e as regras sociais lhes impedem. Nada pior para causar sofrimento e infelicidade. Além disso, as pessoas que trabalham com eles começam a se sentir desmoralizadas, vitimizadas, abusadas. Portanto, a infelicidade executiva, que faz parte das regras do jogo de carreira, não só não tem jeito, como se propaga em todos os níveis da empresa. Não dá para eliminar os desejos de ser, ter e fazer na carreira profissional.
Mas, será que existe "o caminho"? Nem Freud explica. Investigando o sofrimento humano na vida cotidiana, e as formas de lidar com ele, Freud identifica que o motivo básico da insatisfação humana é não poder atender aos nossos instintos, porque o mundo não o permite. Desde o início convivemos com a frustração. Primeiro a natureza não cede e depois a sociedade nos impõe novas restrições. Propõe três saídas para a dor: desistir do desejo, usar um prazer substituto ou fugir da frustração. Desistir do desejo é o objetivo da filosofia e de algumas religiões; um prazer substituto pode ser obtido pelo estudo, pela ciência e por realizações artísticas, o prazer do espírito.
Finalmente a fuga da realidade ou através da loucura, que cria um mundo interior, ou do delírio coletivo representado pela religião, ou a fuga através das drogas que disfarçam a capacidade de sentir o sofrimento. Segundo Freud, todos nós usamos ao longo da vida, algumas dessas soluções paliativas. Até o amor, que para alguns é visto como uma das formas mais eficientes de realização dos nossos desejos, torna-se dor com a perda, ou com o medo da perda.”
Fonte: Valor Econômico
Gilberto Guimarães02/07/2007

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